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Um episódio lamentável de autoritarismo e retrocesso aconteceu ontem, durante a visita da direção do SIFUSPESP à Penitenciária I de Franco da Rocha. Os sindicalistas foram recebidos pelo diretor da unidade, que respondeu a todos os questionamentos feitos pelo SIFUSPESP a ele. No entanto, na hora em que os sindicalistas adentrariam para conversar com os funcionários... foram impedidos por não terem autorização expressa do secretário.

“A ordem é arbitrária e não respeita a entidade legítima que representa os servidores de todo o estado. Diante da surpresa da proibição, ficamos nos questionando: tem algo acontecendo que o sindicato não pode ficar sabendo? Por que será que a coordenadoria não quer que o sindicato converse com os funcionários dentro de seu ambiente de trabalho? O que estará acontecendo assim de tão grave no sistema prisional paulista?”, raciocina o secretário-geral do SIFUSPESP, João Alfredo de Oliveira.

O estranhamento é corroborado pelos demais diretores do sindicato. João Rinaldo Machado, presidente da entidade, lembra que no ano passado houve uma reunião entre o SIFUSPESP, o secretário Lourival Gomes e todos os coordenadores regionais, e que o clima na época era de respeito às atividades sindicais. “Lourival Gomes determinou que os coordenadores colaborassem com o trabalho do sindicato no ano passado. E agora somos impedidos de conversar com a categoria no ambiente profissional, somos impedidos de entrar na unidade para vistoriar as condições de trabalho. Isso é inadmissível, antidemocrático e desrespeitoso. E queremos saber se essa foi uma atitude isolada do coordenador ou se é uma mudança na política da própria secretaria”.

Para Gilberto Machado, diretor do SIFUSPESP, se a intenção era coibir o diálogo entre os servidores e o sindicato, não funcionou. “É verdade, não conseguimos conversar com os funcionários dentro da unidade. Mas isso não vai nos impedir de descobrir o que está acontecendo na Penitenciária, não vai nos impedir de conversar com os servidores. Vamos marcar uma reunião com todos os funcionários que atuam em Franco da Rocha. Ninguém vai impedir que o SIFUSPESP realize seu trabalho. E vamos descobrir a real razão dessa tentativa de impedir o diálogo entre trabalhador e sindicato”.

A proibição da visita do sindicato ao ambiente de trabalho da categoria é um verdadeiro retrocesso na relação entre sindicato e os representantes do governo. “Certamente os servidores poderão e deverão ser ouvidos. Como de praxe, continuaremos fazendo as reuniões com os trabalhadores, mesmo fora das unidades prisionais”, garante Gilberto Machado.

O SIFUSPESP está enviando ofício ainda hoje para o secretário Lourival Gomes, solicitando uma reunião em caráter emergencial para tratar do assunto. “Vamos fazer de tudo para reverter essa nova política do governo. Do jeito que está, só nos resta acreditar que o governador Geraldo Alckmin, com todo o discurso e postura aparentemente democráticos, na realidade está retrocedendo à truculência dos anos 70, 80 e 90. E nós não vamos aceitar isso de braços cruzados”, conclui João Rinaldo Machado.

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