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Já virou rotina noticiar acontecimentos como este. Durante a manhã do último domingo (8), um agente de segurança penitenciária foi covardemente agredido na Penitenciária de Junqueirópolis, na região de Presidente Venceslau. Dias antes (05/06), no CDP de Praia Grande, outro ASP foi espancado por um preso armado com uma arma que parecia um espeto. O que chama a atenção é a aparente falta de motivação para essas agressões.

“Não fazemos concurso público para apanhar de presos. A lei não está sendo capaz de, sozinha, inibir esse tipo de criminalidade. Por outro lado, o Estado não atua para oferecer segurança para os trabalhadores. O déficit de funcionários e a superlotação são elementos que aumentam o risco para os funcionários. A situação é grave e temos que denunciar todos os casos para assim pressionar por medidas eficientes que possam frear essa escalada de violência contra o trabalhador do sistema”, analisa o Secretário Geral do SIFUSPESP João Alfredo de Oliveira.

Além do déficit de funcionários, a Penitenciária de Junqueirópolis tem capacidade para abrigar 795 presos mas comporta atualmente 1831 detentos - mais que o dobro da capacidade. Já o CDP de Praia Grande, o ASP agredido estava sozinho cuidando de um pavilhão com 404 presos.

JUNQUEIRÓPOLIS

De acordo com o que foi informado ao Coordenador da Regional Presidente Venceslau do SIFUSPESP, Gilberto Antônio, a violência na Penitenciária de Junqueirópolis aconteceu enquanto o ASP efetuava a contagem. O zelador de raios escutou barulhos em uma das celas e no mesmo instante foi verificar através do guichê o que estava acontecendo quando foi surpreendido com um soco no rosto, sem que houvesse motivo.

Segundo o funcionário agredido, este preso não possuía nenhum tipo de reclamação ou algum tipo de rixa. Sendo assim, baseado no ocorrido, qualquer servidor que estivesse naquele local poderia ter sido vítima do detento.

Assim que soube do ocorrido, o sindicalista foi até a unidade de Junqueirópolis averiguar o que havia acontecido. Ao chegar ao local foi recebido pelo diretor de plantão que informou que as medidas cabíveis já haviam sido tomadas: o servidor foi levado ao hospital e em seguida se dirigiu para uma delegacia para que pudesse prestar boletim de ocorrência.

Neste mesmo ano o sindicalista acompanhou uma história semelhante nas unidades masculina e feminina de Tupi Paulista, Pacaembu, Irapuru, e outras unidades da região. “Só nesta micro região que possui dez unidades prisionais chego a conclusão que virou rotina a agressão aos servidores. Cada dia os presos perdem o respeito aos representantes do Estado e da lei, e, ainda por cima, somos vítimas de falsas denúncias” afirma Gilberto Antônio.

O SIFUSPESP vai cobrar da SAP todas as medidas cabíveis contra os presos que causaram este absurdo ato de violência. Da mesma forma cobrará as demais medidas de segurança a serem tomadas, como tranca geral e perda de dia de visitas.

“Cadê o representante dos direitos humanos? Será que esse trabalhador não é humano, cidadão do povo, pai de família? Estamos de mãos atadas perante essa lei, pois somos fieis cumpridores dela, simplesmente me cabe o direito de relatar o fato na íntegra e rezar, pois estamos caminhando rumo ao abismo”, declara o sindicalista.

PRAIA GRANDE

No dia 5 um ASP foi covardemente agredido no Centro de Detenção Provisória de Praia Grande, durante o horário da tranca. Ele teve cortes na orelha, braços e costas; recebeu ainda socos e chutes.

O ASP contou que dirigiu-se à primeira cela para dar sequência à tranca, quando um preso saiu e, sem motivo algum, desferiu um soco contra seu rosto – o funcionário afastou e o golpe atingiu a sua orelha. Ao receber o segundo golpe, no braço, o ASP então percebeu que o preso tinha na mão algo como um espeto, que provocou os cortes.

O servidor correu para a gaiola e o preso o perseguiu desferindo golpes nas costas. Outros presos então chegaram para participar da agressão, desferindo chutes e socos. A violência só cessou quando o ASP conseguiu chegar na gaiola.

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