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              SIFUSPESP convoca toda a categoria a participar do ato conjunto das forças de segurança pública, que sofrem com arrocho do governo Doria, déficit funcional, adoecimento e aumento dos riscos no ambiente de trabalho, enquanto crime organizado avança. “Os trabalhadores da segurança pública pedem socorro!” é a expressão que vai marcar manifestação organizada no Pátio do Colégio, no centro da capital paulista, a partir das 15h

 

por Sergio Cardoso

Os trabalhadores da segurança pública pedem socorro!

Salários defasados, falta de pessoal e condições de trabalho estão matando os trabalhadores da segurança pública em São Paulo.

Desde a posse de João Agripino Dória Jr, que fez campanha com um discurso de valorização da segurança pública, o que se viu foi exatamente o contrário: desvalorização, perda de direitos e arrocho salarial.

Embora sendo considerado um dos Estados mais seguros do Brasil, com um sistema penitenciário que serviu de modelo a vários outros Estados e uma polícia que é referência nacional, São Paulo hoje caminha em direção ao colapso de suas forças de segurança.

Com uma política de segurança pública mais voltada para o marketing do que para o enfrentamento dos problemas reais, Dória faz um verdadeiro inferno da vida dos profissionais da segurança pública (Policiais Penais, Policiais Militares, Bombeiros, Policiais Civis, Técnico-Científicos e Agentes da Fundação Casa) .

Nem mesmo o direito à pensão integral dos falecidos no cumprimento do dever foi respeitado. Até mesmo aqueles que foram aposentados após anos do penoso trabalho policial escaparam da voracidade do governo Dória, tendo hoje suas aposentadorias descontadas para “cobrir o déficit atuarial” (déficit criado pelos seguidos governos do PSDB).

Sua política de desmonte do Estado e seu sonho de privatizar o Sistema Prisional para lucro de meia dúzia de empresários fez com que a SAP atingisse o maior nível de déficit funcional de sua história, comprometendo a segurança dos trabalhadores e da população, como ficou demonstrado nas rebeliões com fugas de 2020.

Todos os quadros profissionais de nossa secretaria estão defasados, comprometendo a segurança das unidades, o atendimento à população carcerária e até mesmo as funções administrativas da SAP.

Enquanto isso, restam em aberto os concursos de AEVP 2014, ASP feminino e masculino 2017 (que só neste sábado foi homologado após quatro anos de espera) e da Área meio de 2018.

Todos e cada um destes profissionais fazem falta e agravam ainda mais a situação dos que estão trabalhando.

Sob a desculpa da pandemia do coronavírus, descumpriu sua promessa de campanha de fazer das polícias de São Paulo as segundas mais bem pagas do país, embora o Estado nunca tenha arrecadado tanto.

Sucateou a Polícia Civil e sob o manto de marketing dos Batalhões da Polícia Militar do Estado de São Paulo(BAEPs), desorganizou o policiamento do interior, já enfraquecido pelo desvio de PMs para as escoltas do sistema prisional que deveriam ser feitas por AEVPs, conforme projeto desenvolvido em parceria com a própria PM. Tal desorganização deu espaço para as ações do chamado “Novo Cangaço” que apavorou cidades do interior paulista, deixando várias vítimas fatais.

A defasagem salarial tem levado uma grande parte dos trabalhadores da segurança pública a recorrer aos infames “Bicos” para complementar seus salários de fome, expondo estes profissionais a jornadas extenuantes e a riscos de vida.

As péssimas condições de trabalho e a falta de efetivo que já é imensa nas outras polícias é ainda pior no sistema prisional, resultando em doenças decorrentes do trabalho e mortes, que em um círculo vicioso pioram ainda mais a situação dos Policiais Penais da ativa.

Para este governo que prometeu valorizar a segurança pública, só resta a pecha de MENTIROSO, pois até mesmo a regulamentação da Polícia Penal é retardada PROPOSITALMENTE, fazendo de São Paulo o único Estado que não se adequou a Constituição Federal, apesar da concordância da maioria dos deputados e duas PECs tramitando na ALESP.

Somente com mobilização e luta conseguiremos mostrar nossa dura realidade para a população, e forçar o desgoverno Dória a valorizar aqueles que dão suas vidas para defender a população.

Por esses motivos, convocamos todos os trabalhadores do sistema prisional a se juntarem ao ato conjunto de todas as forças de segurança, a ser realizado às 15h da próxima quarta-feira, 15 de dezembro, no Pátio do Colégio, centro de São Paulo.

Por Salário e Dignidade!

Confira no vídeo abaixo a convocação para o ato feita pelo presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá:



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