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Chega a 57 o total de servidores penitenciários vítimas fatais do coronavírus desde o início da pandemia


por Flaviana Serafim

Entre 1º e 18 de março, 13 policiais penais morreram de coronavírus no sistema prisional do Estado de São Paulo. É o maior número de vítimas fatais do contágio em menos de um mês desde o início da pandemia, que ceifou a vida de 57 servidores penitenciários até o momento. Os dados são de levantamento do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP), a partir da apuração de informações junto à categoria.

De julho passado até este 17 de março, 2.993 servidores penitenciários foram confirmados com coronavírus em São Paulo, apontam dados do boletim da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).  Na população carcerária, 12.743 detentos se infectaram, com 39 óbitos.



Para a direção do SIFUSPESP, o crescimento dos contágios e das mortes dentro do sistema coincidiu com o retorno das visitas presenciais nas unidades prisionais, em 7 de novembro passado. Desde então, várias cidades paulistas foram regredindo de fase no Plano SP de enfrentamento à Covid-19, mas a SAP voltou a suspender as visitas somente depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo deferiu um pedido de liminar do SINDASP, no último dia 27 de fevereiro.

De dezembro até este 18 de março, 25 servidores penitenciários faleceram, e as mortes saltaram 225% no período, segundo a apuração do sindicato, e os casos confirmados cresceram 49,87%, de 1.997 para os atuais 2.993 trabalhadores infectados.

“Os servidores penitenciários estão na linha de frente da Covid, estão convocados a trabalhar mesmo nestas condições e com descaso da SAP do governo estadual. Por isso, a categoria tem que ter prioridade na vacinação nesta primeira etapa do plano de imunização da Covid. É o que o SIFUSPESP e a Fenasppen vêm defendendo e reivindicando junto ao Ministério da Saúde, inclusive com apoio de parlamentares de diferentes orientações políticas”, afirma Fábio César Ferreira, o Fábio Jabá, presidente do sindicato.

Segundo denúncia recebida pelo SIFUSPESP nesta quinta-feira (18), há um surto de contágio no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá, onde 18 servidores confirmados estão afastados, um deles internado em estado grave. O sindicato também continua recebendo denúncias de que a SAP prossegue com a transferência de presos na pandemia, e de que não fornece máscara adequada à proteção dos policiais penais que estão fazendo escolta de presos a hospitais. 

*Alterado em 18/03/2021, às 20h12, para correção de informação




 









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