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Apenas serviços considerados essenciais continuam funcionando no Estado, que possui maior número de óbitos e casos confirmados de coronavírus do país. DPME deve manter suspensas perícias médicas, enquanto SIFUSPESP já solicitou à SAP que  mantenha afastamento de servidores do grupo de risco

por Giovanni Giocondo

O governador João Doria (PSDB) prorrogou até 31 de maio o regime de quarentena como forma de conter a pandemia do coronavírus no Estado de São Paulo. Enquanto integrantes dos serviços essenciais prestados à população, os policiais penais continuam trabalhando normalmente, feita a exceção aqueles que estão afastados mediante licença-médica por estarem sob tratamento devido à confirmação, ou isolados frente à suspeita de infecção pela COVID-19. Gestantes e funcionários que apresentam comorbidades também devem seguir respeitando o afastamento do ambiente prisional. Para reforçar a quarentena dos servidores penitenciários, o SIFUSPESP encaminhou ofício à Secretaria de Administração Penitenciária(SAP) solicitando que os funcionários que fazem parte do grupo de risco continuem em casa, sem prejuízo de seus vencimentos.

A tendência natural é que a SAP siga as orientações do governo do Estado e mantenha inalteradas medidas como o fornecimento de equipamentos de proteção individual, a suspensão das visitas de familiares a detentos e de entrega do chamado “jumbo”, além de adotar ações relacionadas à higienização das unidades prisionais. Já o Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME) também deve manter suspensas as perícias médicas presenciais.

Já é a terceira prorrogação da quarentena desde a promulgação do decreto que estabeleceu o estado de calamidade pública em São Paulo, em 24 de março. Dados atualizados da Secretaria Estadual de Saúde mostram que o Estado segue como o epicentro do coronavírus no Brasil. Com 161 óbitos confirmados nas últimas 24 horas, São Paulo chegou a um total de 3.206 mortes em razão do coronavírus e um total de 39.978 casos. O governo alerta que agora a doença tende a se espalhar pelo interior e litoral.

Entre os trabalhadores penitenciários, os dados atualizados nesta sexta-feira (8) mostram que 94 servidores foram contaminados, incluindo 7 que faleceram, enquanto há outros 66 casos suspeitos. Os dados fazem parte de levantamento feito pelo SIFUSPESP com base nas informações prestadas pelos próprios funcionários doentes, após terem feito os testes em laboratório. Entre os detentos há 16 confirmados, 7 óbitos e 69 casos suspeitos de acordo com o mapeamento do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

O SIFUSPESP insiste em duas ações emergenciais para conter a proliferação do vírus pelo sistema. A primeira delas é a testagem rápida de todos os servidores e de todos os detentos, sintomáticos ou assintomáticos, como forma de identificar os casos positivos para posterior isolamento, afastamento ou tratamento.  Em segundo lugar, o sindicato prossegue com ação na Justiça que tem como objetivo suspender as transferências entre detentos, que pode colaborar para que a doença não se espalhe rapidamente pelo Estado.

 

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