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Detentos estariam revoltados com suspensão de saídas temporárias e para trabalho externo determinada pela Corregedoria-Geral de Justiça após pedido da SAP.  No CPP de Mongaguá, oito policiais penais foram feitos reféns, mas acabaram liberados.

Por Flaviana Serafim e Giovanni Giocondo*

Centenas de detentos fugiram do Centro de Progressão Penitenciária "Dr Rubens Aleixo Sendin", de Mongaguá, no fim da tarde desta segunda-feira (16). Segundo informações apuradas pelo SIFUSPESP, pelo menos oito policiais penais foram mantidos reféns em meio ao motim, mas felizmente foram liberados após intensa negociação com os presos amotinados.  A unidade registrou  fuga em massa, quebra-quebra e queima de colchões.

Já no CPP de Porto Feliz, os presos atearam fogo a um canavial do entorno da unidade durante a rebelião e parte deles também fugiu. O Grupo de Intervenção Rápida (GIR) foi acionado para o motim, e a recaptura seguiu pela madrugada desta terça-feira (17). Até o início da manhã, mais de 250 detentos haviam sido recapturados. A unidade foi bastante depredada, algumas áreas internas também incendiadas pelos rebelados e está em apuração a informação de que teriam uma faca. 

Na Penitenciária de Mirandópolis, ocorreu um motim na ala de progressão penitenciária, onde ficam detentos do regime semi aberto. O tumulto foi controlado após algumas horas, apesar de a unidade ser totalmente incendiada pelos presos. O fogo também tomou conta do CPP Edgard Magalhães Noronha (Pemano), em Tremembé, com queima de colchões e depredação da unidade. Dos detentos que fugiram, pouco mais de 80 haviam sido recapturados até a manhã de hoje (17).

Uma rebelião também foi registrada no Centro de Ressocialização (CR) de Sumaré. O GIR foi acionado e conseguiu conter o motim. Houve registro de quebra-quebra dos presos e um servidor foi feito refém, e felizmente foi libertado com o fim dos tumultos, após às 22h.

No CPP de Valparaíso, a informação é de que dois detentos fugiram, mas o princípio do motim foi rapidamente controlado com intervenção do GIR. 

As rebeliões seriam uma reação dos presos diante da suspensão das saídas temporárias e do trabalho externo, que foi determinada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) como forma de prevenção ao coronavírus. A decisão do Corregedor Geral de Justiça, Ricardo Anafe, foi adotada com base em "pontos críticos" apontados pelo secretário de Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo. A íntegra do documento está disponível neste link. O benefício da saída temporária contemplaria 34 mil presos do regime semi aberto. 

Em entrevista na manhã 17 de março, o secretário de Administração Penitenciária, coronel Nivaldo Restivo, disse que foram recapturados 184 dos 577 detentos que haviam fugido do CPP de Mongaguá. 

De acordo com dados da Secretaria de Administração Penitenciárias divulgados até terça-feira, o total de fugitivos chegou a 1389 presos, dos quais 611 detentos recapturados pelos policiais militares com apoio dos policiais penais. 

O SIFUSPESP segue apurando outras informações sobre as rebeliões. 

Confira os vídeos:

*Notícia alterada em 17/03/2020, às 21h16 para atualização de informação:

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