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Com auxílio do Departamento Jurídico do SIFUSPESP, José Renato, Jaqueline e José Paulo de Julio conseguiram remoção que levou toda a família para atuar no CDP de Caraguatatuba, selando trajetória memorável, emblemática e inspiradora que demanda homenagem sem precedentes

 

por Giovanni Giocondo

Os sorrisos na foto falam por si. São símbolos da união de uma família e da defesa incontestável do serviço público de excelência no sistema prisional paulista. Uma história fantástica e rara, na qual a trajetória de José Paulo de Julio, o filho; José Renato de Julio, o pai, e Jaqueline de Julio, a mãe - todos policiais penais e atuando na mesma unidade prisional, se transformou com muita luta e com um apoio especial do SIFUSPESP.

O espaço onde o trio trabalha atualmente é o Centro de Detenção Provisória(CDP) de Caraguatatuba, no litoral do Estado, mas até que esse objetivo de estarem juntos se consolidasse, o caminho foi árduo e recheado de idas e vindas pelo território paulista, seja pelo interior ou pela capital. As tantas mudanças, no entanto, e os desafios que impuseram, não desarticularam essa verdadeira força da natureza que o grupo representa.

 

Amor ao trabalho, luta e persistência, os ingredientes ideais para a felicidade

Tudo começou em 1990, quando José Renato prestou o concurso público para o cargo de agente de segurança penitenciária(ASP). Passou na prova e foi trabalhar na Penitenciária I de Itapetininga a partir de julho do ano seguinte. Ele tinha apenas 19 anos, era recém-casado com Jaqueline, que acabara de dar a luz a José Paulo.

Em 1993, foi a vez de ela entrar no sistema por meio de um concurso, mas para oficial administrativo. A carreira acabou não sendo tão atrativa em razão dos baixos salários e da necessidade de cuidar do pequeno José Paulo, ainda bebê, e o casal decidiu que Jaqueline pediria exoneração. Mas ela queria voltar, e não demoraria, só que com uma nova função.

Antes disso, porém, em 1994, José Renato foi transferido para a Penitenciária I de Avaré, sua cidade natal, para onde a família se mudou, já contando com mais um filho.

Enquanto os meninos cresciam a olhos vistos, Jaqueline se formou na área da educação e trabalhou como professora de matemática entre 2002 e 2008. Foi aí que veio o salto de volta para o sistema, onde ela entrou novamente mediante aprovação em um concurso público, só que agora como agente de segurança penitenciária.

Inicialmente lotada na Penitenciária Feminina de Santana, na capital, Jaqueline obteve a remoção por união de cônjuges em 2010, quando foi para a Penitenciária 2 de Avaré e pôde ficar perto de José Renato e de toda a família.

Quis o destino e a influência positiva dos pais que a dedicação ao trabalho no sistema não pulasse uma geração. José Paulo, então com 21 anos de idade, foi também aprovado em um novo concurso público, e assumiu o cargo de agente de segurança penitenciária no CDP de Caraguatatuba. 

 

A vida segue no caminho do mar

Se a vida ia avançando tal como avança a brisa do litoral e, com ela, as boas novas surgiam, foi com muita felicidade que José Paulo se casou, e a partir da estabilidade obtida com o serviço, também teve um filho.

E é claro que como avós corujas que são, Jaqueline e José Renato não queriam ficar longe do neto e enxergavam nos caminhos do mar o seu futuro. Dito e feito. O casal se inscreveu na Lista Prioritária de Transferências(LPT) e, em um primeiro momento, apenas o marido conseguiu, em 2018, a mudança de unidade de lotação.

A esposa, porém, sofreu quatro negativas da SAP até que, graças ao apoio incondicional do SIFUSPESP, que escalou seu Departamento Jurídico e o respectivo coordenador, Sergio Moura, para acionar a Justiça e, não sem novas batalhas, obter em 2022 a tão sonhada remoção que finalmente colocou os três, juntos, para zelar pela segurança e a custódia do CDP de Caraguatatuba.

“Jamais imaginamos que isso pudesse acontecer. Agora é aguardar o que o futuro nos reserva”, suspira José Renato, em texto enviado como agradecimento ao SIFUSPESP. Foi a partir deste homem já com mais de três décadas de serviços públicos executados com primazia que essa história no sistema começou a se desenhar, mas no que depender dele, não deve acabar tão cedo.

Será que o neto seguirá a trajetória do avô, da avó e do pai? Um novo ou uma nova policial penal ainda hão de nascer na linhagem dos De Julio? Agora é aguardar o que o futuro lhes reserva, José Renato. Toda a diretoria do SIFUSPESP, sobretudo o diretor-adjunto da sede regional do Vale do Paraíba, Daniel Cassiano de Souza - que respaldou o encaminhamento do processo, desejam que esse destino possa ser maravilhoso tanto a você quanto a toda essa família tão inspiradora.

José Renato, José Paulo, Jaqueline. Quantos mais vierem a ser policiais penais e servidores públicos memoráveis desta família, que estejam juntos, mesmo que em pensamentos, quando a distância tão já ultrapassada mas quiçá insistente não permitir. Que essa memória permaneça! O sistema prisional agradece e conta com vocês para sempre!

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