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Marc Souza foi citado na pesquisa “Literatura carcerária : Educação social por meio da educação, da escrita e da leitura na prisão”

 

por Giovanni Giocondo

O diretor de Comunicação e Imprensa do SIFUSPESP, Marcelo Otavio de Souza, o Marc Souza, foi considerado um dos principais expoentes brasileiros entre os profissionais do sistema prisional que fazem da literatura parte do cotidiano de trabalho e de reflexo direto das atividades realizadas no ambiente penitenciário.

O policial penal, também formado em Pedagogia e especialista em Literatura Brasileira, foi citado pelo estudo “Literatura carcerária : Educação social por meio da educação, da escrita e da leitura na prisão”, publicado em março de 2019 pela revista científica ECCOS. A obra completa pode ser conferida neste link.

A pesquisa foi elaborada em conjunto pelos professores Roberto da Silva - livre-docente do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo(USP); Thais Barbosa Passos, Doutoranda em Educação pela USP; e Marineila Aparecida Marques, mestranda na mesma instituição de ensino superior e departamento.

No trecho em questão, Marc Souza é lembrado como autor dos livros Fatos, relatos, boatos (Redondeza Contos, 2014), Casos, acasos e descasos – várias, variáveis de uma vida sem graça (Aped, 2015), Balaio de gatos (Clube de Autores, 2018), que para os autores, apesar de não tratarem do dia a dia da prisão, possuem o objetivo de determinar um “potencial da leitura para a transformação da realidade em que vive e trabalha”.

“Esse é um caso em que não sabemos se é um escritor que se tornou agente penitenciário ou se é um agente penitenciário que se tornou escritor”, ponderam os pesquisadores, lembrando que o policial penal também é colunista do site do SIFUSPESP, onde faz suas reflexões sobre a rotina dentro das unidades prisionais.

Marc Souza acredita que o fato de aparecer como referência em uma pesquisa de tamanha magnitude é motivo de muito orgulho pessoal, mas para além disso, significa levar adiante um projeto de maior visibilidade para os trabalhadores, em que estes se encaixam como dotados de racionalidade para repensar os rumos do atual modelo do sistema.

“Um dos caminhos que pode ser escolhido para que o sistema seja um pouco mais humanizado e menos violento é a educação, e a literatura obrigatoriamente integra essa rota, surgindo como forma de conduzir tanto a ressocialização dos sentenciados quanto a melhor formação dos policiais penais e demais servidores”, explica o sindicalista.

“Quando temos essa perspectiva em mente, mesmo sabendo das dificuldades imensas do trabalho em razão da falta de investimentos, da superlotação das celas, a ausência de funcionários suficientes, os baixos salários e outras mazelas, ao menos é possível vislumbrar um futuro melhor, em que nosso ambiente laboral seja mais saudável e nossa profissão, mais valorizada tanto por governos quanto pela população em geral”, conclui.

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