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SAP informou que tumulto começou na tarde desta terça-feira(08), após alguns detentos se recusarem a passar por revista durante uma blitze de rotina nas celas. GIR precisou ser acionado e controlou princípio de rebelião, enquanto diretores do SIFUSPESP estiveram na unidade para dialogar com os servidores após mais um episódio de violência no CDP, que registrou três fugas e dois motins nos últimos dois anos

 

por Giovanni Giocondo

Detentos da ala de progressão penitenciária do Centro de Detenção Provisória(CDP) 2 do Belém, na zona leste de São Paulo, promoveram um motim na tarde desta terça-feira(08).

De acordo com informações da Secretaria de Administração Penitenciária(SAP), o tumulto começou após alguns dos presos se recusarem a passar pelo procedimento de revista, feito durante uma blitze de rotina nas celas, onde os policiais penais buscavam celulares, drogas e outros objetos ilícitos.

Os detentos se revoltaram e impediram que os servidores deixassem o local. Nesse ínterim, a diretoria já havia acionado o Grupo de Intervenção Rápida(GIR), e conseguiu liberar os policiais penais. Um deles, no entanto, foi agredido a pontapés pelos presos, mas não teve ferimentos graves.

A seguir, os sentenciados atearam fogos a seus próprios objetos pessoais. O GIR então entrou na unidade e conteve a rebelião, que aconteceu sem o registro de feridos, à exceção de três sentenciados que foram socorridos após inalarem muita fumaça gerada pelo incêndio que eles mesmos causaram.

O secretário de Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo, disse que os presos envolvidos no motim vão regredir para o regime fechado, e a informação obtida pelo SIFUSPESP é que além disso, parte dos que lideraram o motim serão transferidos de unidade.

Diretores do SIFUSPESP estiveram na unidade para dialogar com os servidores e com a diretoria sobre o registro de mais um caso de violência no CDP 2 do Belém. Entre os anos de 2020 e 2021, o estabelecimento penal sofreu ao menos três fugas, além de um motim que envolveu centenas de detentos. Neste último caso, o sindicato denunciou que apenas um servidor fazia a custódia de ao menos 350 presos na unidade.

O presidente do SIFUSPESP, Fábio Jabá, ressaltou mais uma vez que o déficit funcional no CDP é crônico, e o principal fator responsável pelo tumulto. "Mesmo diante dessa inferioridade numérica no efetivo, os policiais penais conseguiram controlar a confusão. Porém, não é possível permitir mais que situações como essas se repitam. E o único caminho nesse sentido é reduzir o déficit, chamando os aprovados nos concursos públicos para trabalhar", reiterou.

Na unidade, estão 1.171 presos do regime fechado, em local apto para receber apenas 844, enquanto na ala de progressão penitenciária vivem 158 sentenciados, mas o espaço comporta somente 110.

Assista no vídeo a seguir mais detalhes sobre a ocorrência:







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