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Elaborado pelas doutoras em Nutrição e Ciências Amanda Pedroso e Maria Fernanda Naufel, formulário vai embasar estudo que pretende identificar prevalência de transtornos com isolamento social provocado pelos riscos do coronavírus. Cientistas querem colaborar para implementar ações e melhorar cuidados com saúde mental da população economicamente ativa. Servidores penitenciários são uma das categorias mais atingidas pela COVID-19

 

por Giovanni Giocondo

Com o objetivo de avaliar o perfil da saúde mental dos trabalhadores do Estado de São Paulo, tanto do serviço público quanto do privado, as pesquisadoras Maria Fernanda Naufel e Amanda Pedroso, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), elaboraram uma pesquisa para identificar a prevalência de sintomas de ansiedade e depressão entre a população economicamente ativa no período de pandemia do coronavírus.

O formulário, que deve ser respondido online e está disponível neste link, busca verificar se fatores como falta de sono, estresse e alterações de comportamento alimentar surgidos ao longo do último ano de isolamento social colaboraram para que os trabalhadores desenvolvessem essas doenças e transtornos de humor ou potencializassem problemas que já existiam. Para participar, basta ter mais de 18 anos e residir no Estado de São Paulo.

A participação dos servidores da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) no estudo é fundamental para que as pesquisadoras possam analisar e relacionar aspectos relevantes do impacto da pandemia sobre o cotidiano do sistema prisional, principalmente porque será possível associar os sintomas ao mal estar permanente gerado pela falta de contato com outras pessoas, além da “ausência de limites entre o trabalho e a vida pessoal decorrente da necessidade da prática de trabalho remoto”, diz o estudo.

Boa parte dos trabalhadores está afastada das atividades presenciais por ser do grupo de risco para a COVID-19, ou continuou atuando e sofreu com o temor do avanço do vírus sobre suas vidas, com muitos adoecimentos e infelizmente, mais de 100 mortes entre seus colegas, outro fator que pode colaborar para elevar os níveis de estresse, culminando nos transtornos mentais de menor ou maior gravidade.

“Espera-se que a compreensão do impacto da pandemia e do consequente distanciamento social sobre a saúde mental da população economicamente ativa, associada à identificação de fatores de risco relacionados aos sintomas de ansiedade e depressão, possam fornecer subsídios para a elaboração e a implementação de ações de atenção à saúde mental dos trabalhadores”, esclarecem as pesquisadoras na justificativa do estudo.

Doutora em Nutrição pela Unifesp, Maria Fernanda Naufel tem sua carreira desenvolvida na área de Pesquisa Clínica e Nutrição Clínica, atuando principalmente com doença renal crônica, distúrbios de sono, depressão, ansiedade, pós-menopausa e obesidade.

Já a Doutora em Ciências pela Unifesp Amanda Pedroso tem experiência na área de Fisiologia e Bioquímica, atuando principalmente em pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de doenças metabólicas, como obesidade e diabetes, além de transtornos de humor e ansiedade.

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