SIFUSPESP Visita CPP Mongaguá após princípio de motim.

Após o princípio de motim ocorrido no CPP Mongaguá onde os Policiais Penais foram atacados após impedirem os presos de pegarem ilícitos arremessados para dentro da unidade, o Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá foi visitar a unidade prisional e conhecer em loco os problemas da mesma e as causas do princípio de motim.


Princípio de motim

O princípio de motim ocorreu na parte da manhã , após os Policiais Penais detectarem o arremesso de ilícitos para dentro da unidade e intervirem para que os detentos não tivessem acesso aos mesmos.

Nesse momento os Policiais Penais foram hostilizados pela população carcerária, muitos dos quais com os rostos cobertos e gritando palavras de ordem alusivas à facção criminosa.

Os presos também quebraram uma tampa de esgoto de concreto, cujos fragmentos foram utilizados para apedrejar os Policiais e a viatura que faz apoio a segurança da unidade, forçando os Policiais Penais a utilizar munição de elastômero para ajudar a conter o tumulto.

Após muita tensão os presos foram reconduzidos aos pavilhões habitacionais, o trabalho de revista e a tomada das medidas disciplinares cabíveis seguem em andamento na unidade.

Apesar da gravidade do ocorrido, apenas um Policial Penal se feriu sem gravidade ao pisar em um buraco.


Superlotação, falta de funcionários e baixa segurança

A unidade está superlotada, com uma população prisional 150% acima de sua capacidade, com déficit funcional e é situada em uma área próxima a mata que facilita a ação de elementos externos.

Com um histórico de tentativas de evasões e arremessos o CPP Rubens Aleixo Sedim deveria receber a devida atenção por parte da secretaria de forma a evitar a repetição de incidentes graves que expõe a risco a vida dos Policiais Penais.

Heróis todos os dias 

Apesar das condições precárias, a direção da unidade e seu quadro funcional, trabalha com bravura para manter a ordem e a disciplina, arriscando-se diariamente para que a Lei de Execuções Penais seja cumprida. Os profissionais do CPP Mongaguá são um exemplo do nível de dedicação à que chegam os profissionais da SAP na garantia da lei e da ordem.

Porém é temerário que apenas o heroísmo dos trabalhadores seja a fina linha que protege a sociedade, eles precisam de apoio e condições de trabalho.

 

Déficit funcional e estrutura das unidades

Há anos o SIFUSPESP alerta para o aumento dos riscos de segurança nos CPPs , com o aumento dos arremessos, ataques, evasões e agressão a funcionários, estas unidades são hoje as mais arriscadas para os Policiais Penais.

É necessário que a SAP se adapte às novas realidades que adéque a segurança externa e reforce o quadro de pessoal, afinal hoje os CPPs contam com a proporção mais desvantajosa entre Policiais Penais e presos e a pior estrutura de segurança externa, carecendo de muralhas guarnecidas por Policiais Penais armados, acabam sendo um alvo para o crime organizado.

 

Os problemas tem que ser resolvidos

Em vídeo gravado em frente à unidade, o Presidente do SIFUSPESP Fábio Jabá, elogia os trabalhadores e cobra que o Governo e a SAP olhem para o CPP Mongaguá.

Em sua fala Jabá destaca “ Primeiramente agradecer a todo o corpo funcional que foi heroico, todo mundo sabe do déficit funcional, aqui o déficit funcional é imenso, cerca de 60% de déficit funcional aqui, precisamos que o Governador, o secretário da SAP e toda a estrutura do governo olhem para cá”, “Precisamos sim que tenham muros, que tenham muralhas no semiaberto, mas só estrutura não adianta, precisamos que tenham pessoas” completa o sindicalista.



Assista abaixo o vídeo gravado por Fábio Jabá: