Após tumulto ocorrido no final de semana, o clima continua tenso na Unidade Prisional de Anápolis. Medo e insegurança reinam no presídio, segundo denúncia anônima que partiu de um dos agentes prisionais. Instalações precárias e falta de estrutura para conter presos em caso de tumulto ou rebelião são o prenúncio de uma tragédia, “um segundo Carandiru”.

Segundo o agente José*, os 800 presos são mantidos na instituição sob a mira de armas letais, uma vez que equipamentos como balas de borracha, e gás lacrimogênio, utilizados para controlar situações de riscos estão em falta.

Apenas oito agentes plantonistas – um para cada 100 detentos – fazem a segurança diária da prisão. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, o ideal seria um agente para cada cinco presos. Além disso, o trabalho no presídio apresenta outros obstáculos. “Quase não temos iluminação à noite. Nas guaritas, ficamos de costas para a rua sem nenhuma proteção, já que temos apenas dois coletes balísticos e um fica permanentemente com o diretor. Na semana passada, dois disparos foram feitos contra uma das guaritas. Trabalhamos com medo”.

Por Hugo Oliveira
Do Mais Goiás, de Goiânia | Postado em: 22/01/2018

 

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